As operadoras de telefonia e os bancos continuam ocupando as primeiras posições no ranking de reclamações dos consumidores tocantinenses, pelo menos conforme dados divulgados pelo PROCON/TO nesta quarta-feira (11/01). Ao lado das concessionárias de água e energia elétrica, estas empresas somam a maioria das demandas registradas junto ao órgão estadual durante o ano de 2016.

Dos 43.492 consumidores atendidos pelo PROCON/TO no ano passado, quase 20% reclamavam de serviços prestados por operadoras de telefonia e 17,8% registraram queixas relacionadas a instituições financeiras. As concessionárias de abastecimento de água, tratamento de esgoto e fornecimento de energia elétrica vem logo em seguida com quase 10% das reclamações.

De acordo com o superintendente do PROCON/TO, Nelito Cavalcante, a maioria absoluta das reclamações é por cobranças indevidas. “Muitas empresas apresentam faturas com valores não reconhecidos pelo consumidor ou cobram taxas que não foram acordadas nos contratos de prestação de serviço firmados entre os clientes e as empresas”, informou o superintendente.

Nelito acrescenta ainda que, a partir da formalização da denúncia, a reclamação é apurada, por meio de contato com o fornecedor ou prestador de serviços. Em caso de divergências, são marcadas audiências para mediar uma solução entre as partes. “Nosso índice de conciliação gira em torno dos 75%, quando num primeiro momento conseguimos promover um acordo entre as partes”, disse.

Apesar do alto índice de resolução de conflitos, muitas empresas foram parar na Dívida Ativa por pendências originadas no PROCON/TO. Somente no ano passado, foram expedidas 12.297 notificações de multa, além de 963 cobranças amigáveis. 4.536 certidões de débitos também foram encaminhadas para protesto. Ao todo, o valor devido pelas empresas ultrapassa os R$ 45 milhões.