Um medicamento que impede a propagação do vírus HIV na corrente sanguínea estará disponível ainda este mês para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), inicialmente em 12 estados. O comprimido, fabricado por um grupo norte americano, já era indicado para o tratamento de soropositivos como parte do coquetel de AIDS.

 

A novidade em relação ao medicamento é que ele poderá ser utilizado agora por quem nunca entrou em contato com o vírus HIV, mas pode estar exposto a ele durante a relação sexual. É o caso, por exemplo, de profissionais do sexo. As autoridades de saúde alertam que o fármaco não protege o usuário contra outras infecções transmitidas sexualmente.

 

Segundo o médico Juan Carlos Raxach, coordenador da área de Promoção da Saúde e Prevenção da Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS, embora o Truvada, nome comercial do medicamento, tenha demonstrado 99% de eficácia nos testes clínicos para impedir a replicação do vírus HIV, ele não veio para substituir a camisinha como método de prevenção.

 

A distribuição vai priorizar 7 mil pessoas com mais de 18 anos incluídas dentro do “grupo de risco”, onde estão profissionais de saúde, homens que se relacionam com homens, transexuais e casais soro discordantes – quando um dos parceiros é portador do HIV e o outro não. O remédio é contraindicado para pessoas com doenças renais e desgaste nos ossos.

 

Diferença entre HIV e AIDS

 

HIV é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana. A infecção com o HIV não tem cura, mas tem tratamento e pode evitar que a pessoa chegue ao estágio mais avançado de presença do vírus no organismo, a AIDS. A transmissão do HIV se dá por meio da troca de fluidos corporais como, por exemplo, sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.