O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (SINTET) encaminhou nota a redação do site Guaraí Notícias nesta quarta-feira (02/05), repudiando as informações divulgadas pela Prefeitura de Guaraí, que não concorda em oferecer o reajuste data-base proposto pela categoria, que se reuniu em assembleia geral no último dia 26/04.

 

“Como que a gestão respeita os direitos dos servidores se o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Educação não está sendo cumprido?”, afirmou a presidente regional do SINTET, Iolanda Bastos, que classificou o reajuste de 4,88% como “irrisório”, já que se for levado em conta o documento base das carreiras, este percentual deveria ser de 14,45% entre 2017 e 2018.

 

Ainda na nota, o SINTET esclarece que não decide sobre aceitar ou não a proposta de reajuste, mas tem como princípio referendar a decisão da categoria deliberada em assembleia, que foi a de recusar a proposta. De acordo com o PCCR, o reajuste anual é baseado na Lei do Piso do Magistério, cujo índice em 2017 foi de 7, 64% e em 2018 de 6,81%, somando assim os 14,45%.

 

Por meio de sua assessoria, a Prefeitura de Guaraí diz que “estranha e lamenta” a decisão do SINTET em não aceitar a proposta de reajuste da data-base do ano de 2018, elaborada conforme os índices da inflação oficial. A gestão também informa que outras três categorias (FISCO, Saúde e Quadro Geral) aprovaram a proposta, salientando que tais profissionais receberam a data-base de 2017.

 

Educadores podem entrar em greve:

 

Desde novembro passado os profissionais de educação do município estão em “estado de greve”, medida adotada com o objetivo de forçar uma negociação entre a Prefeitura e os servidores municipais, mas que não chegou a afetar a rotina das unidades de ensino. As negociações se arrastam há mais de seis meses, porém a discussão já vem sendo travada desde o início do ano de 2017, antes mesmo do município anunciar que não pagaria o reajuste daquele ano.

 

Durante a assembleia geral, realizada no último dia 26/04, onde os profissionais deliberaram sobre o assunto nas dependências da Escola Municipal JK, a categoria rejeitou o reajuste oferecido pela gestão e oficializou uma notificação extrajudicial, dando prazo de até 15 dias para o envio de uma contraproposta. Caso esta resposta não seja formalizada ou não atenda o que o SINTET propõe, os profissionais devem iniciar uma greve por tempo indeterminado.