A Polícia Civil, durante operação conjunta com agentes da Casa de Prisão Provisória (CPP), prendeu em Guaraí na tarde desta última segunda-feira (28/05), uma mulher e seu filho adolescente de 13 anos, detidos enquanto tentavam repassar três telefones celulares para dentro da unidade prisional local. Um detento, que já cumpria pena no presídio, seria o receptador dos aparelhos. O mesmo foi identificado e responsabilizado junto com a mulher e o menor.

 

Após tomarem conhecimento que alguém tentaria repassar celulares para dentro da CPP de Guaraí, os policiais civis e os agentes penitenciários montaram campana e observaram a movimentação nos arredores da Casa de Prisão. A mulher, identificada como sendo Rosilene Pajaú dos Reis, de 33 anos, chegou até a unidade com o filho adolescente e ficou de longe observando a movimentação, até que o garoto acondicionava os celulares pela rede de esgoto.

 

O reeducando identificado como receptor dos celulares seria Clebison Tranqueira de Sousa, de 36 anos. O indivíduo cumpre pena por tráfico de drogas. Levando para a Central de Flagrantes da Delegacia de Polícia Civil local, Clebison confirmou que de fato receberia os celulares, assim como Rosilene, que também admitiu a participação do adolescente. Os dois responderão por ingresso de celulares em unidade prisional e corrupção de menores.

 

Após os procedimentos de rotina, Clebison retornou para a CPP de Guaraí, onde permanecera preso, à disposição do Poder Judiciário do Tocantins. Enquanto isso, Rosilene foi encaminhada para a Cadeia Pública Feminina de Pedro Afonso, onde também aguarda decisão da Justiça. O adolescente foi entregue aos cuidados de uma avó, que se comprometeu, mediante assinatura de termo de responsabilidade, em apresentá-lo ao Ministério Público Estadual (MPE).

 

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Tocantins

Rosilene Pajaú dos Reis, de 33 anos, presa em flagrante durante operação conjunta realizada em Guaraí.

 

Foto: Divulgação/Polícia Civil do Tocantins

Clebison Tranqueira de Sousa, de 36 anos, identificado como sendo o receptador dos aparelhos celulares.

 

Celulares em presídios representam risco à sociedade:

 

A existência de telefones celulares nas unidades prisionais continua sendo uma triste realidade não apenas no Tocantins, mas em todo o território nacional. Além de dificultar o trabalho policial, principalmente aquele efetivado na tentativa de reduzir a criminalidade, a situação também põe em risco a Segurança Pública de modo geral, pois o contato permanente dos presos com o mundo externo facilita a prática de crimes comandados e orquestrados de dentro das celas.