Termina na madrugada deste sábado (17/02), mais um horário brasileiro de verão. A 33ª edição anual do horário alternativo pode ser a última da história do país, caso o grupo de trabalho formado pelo Governo Federal para estudar o tema tome a decisão favorável de encerramento. Pareceres prévios do Ministério de Minas e Energias indicam que ele atualmente não gera economia considerável e por isso teria seus efeitos “próximos a neutralidade”.

 

Conforme os últimos balanços do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em 2013 o Brasil economizou R$ 405 milhões com o horário alternativo, o equivalente a 2.565 megawatts (MW). No ano seguinte (2014) esta economia baixou para R$ 278 milhões (2.035 MW) e em 2015 caiu ainda mais, para R$ 162 milhões. Em 2016, o valor sofreu nova queda, para R$ 147,5 milhões, situação que pode ser um fator decisivo para acabar de vez com a medida.

 

Mudanças na política energética, modernização dos eletroeletrônicos, que tendem a consumir cada vez menos energia, além de mudanças no comportamento dos consumidores, que estão cada vez mais conscientes, também contribuem para a redução da economia gerada. Em setembro do ano passado, pouco antes do início desta edição do horário de verão, o governo cogitou até não oficializar a medida, mas acabou voltando atrás.

 

Sendo o último ou não, o fato é que, além do Distrito Federal, os moradores dos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Espírito Santo devem atrasar seus relógios em uma hora, exatamente a meia noite de sábado (17/02), ganhando uma hora a mais. A população do Norte e do Nordeste não é afetada, pois estas regiões não são incluídas no horário de verão.