Um artigo científico publicado recentemente no Estados Unidos aponta que mais de 50% das gestações acabam em abortos espontâneos. Conforme o estudo, conduzido pelo geneticista William Richard Rice, da Universidade da Califórnia, os dados são baseados em várias pesquisas já publicadas nos últimos anos.

 

“A maioria dos abortos espontâneos acontece nas primeiras 12 semanas de gravidez, muitas mulheres nem percebem a situação, já que isso ocorre antes do encerramento do ciclo menstrual”, revelou William Richard Rice, que enfatizou que a pesquisa ainda precisa ser revisada pela comunidade científica.

 

São esses abortos desconhecidos que compõem a maioria dos casos avaliados pelo estudo. É um achado que sugere duas coisas. Em primeiro lugar, que o aborto é “o resultado predominante da fertilização” e “uma parte natural e inevitável da reprodução humana em todas as idades”, conclui o pesquisador.

 

“Para se reproduzir, uma mulher não pode renunciar o alto risco de gestações frustradas. Ter uma grande família é praticamente impossível sem múltiplos abortos espontâneos. Não é uma anormalidade, trata-se de uma norma e isso tende a se intensificar quando a mulher passa dos 25 anos”, conclui o estudo.