Indignado com o fato de não ter sido enquadrado na progressão de carreira dos profissionais da educação do município de Guaraí, o professor Antônio Roberto Silva Sousa, de 46 anos, mais conhecido como “Professor Roberto”, decidiu, além de levar o caso para a Justiça, transformar o seu descontentamento em protesto público, fazendo uso de “plaquinhas” penduradas ao seu corpo.

 

O educador, que trabalha a quase 20 anos no município, afirma que desde o ano passado não recebe seus direitos de carreira. Ele conta que já tentou negociar a questão várias vezes, mas nunca obteve sucesso. “Tenho direito a progressão de carreira, mas o município se nega a conceder o benefício. Entrei com uma ação para cobrar isso na Justiça e agora resolvi fazer este protesto”, explica.

 

Professor Roberto conta ainda que teve uma grave depressão há alguns anos e o problema acabou evoluindo para um quadro de transtorno de personalidade. “Preciso tomar alguns remédios e faço um tratamento contra este transtorno que adquiri em função da depressão. Hoje dependo do meu salário para custear estas despesas. Não há motivo para o município fazer isso comigo”, conta.

 

Na semana passada o educador esteve na Câmara de Vereadores da cidade, onde pediu o auxílio dos parlamentares durante uma sessão ordinária (regular). A maior parte dos vereadores reconheceu o pleito do educador e o vereador Gercival Lopez (PRB) assinou inclusive um requerimento, aprovado pelos demais colegas, solicitando do Poder Público local providências urgentes.

 

Nota sobre o caso:

 

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Guaraí informou que a tabela salarial do professor foi realinhada na folha de pagamento deste mês, sendo que os vencimentos estarão corrigidos a partir do próximo pagamento. Sobre os valores retroativos, ou seja, ainda não quitados, a pasta informou que esta demanda dependerá do resultado da ação movida pelo próprio servidor.