O empresário Rossine Aires Guimarães, dono de uma construtora que fazia parte de um suposto esquema que desviou milhões dos cofres estaduais, confirmou em delação premiada ao Ministério Público Federal (MPF), o pagamento de R$ 2,5 milhões em própria ao ex-vice-governador do Tocantins, João Oliveira, que depois disso teria renunciado ao cargo que ocupava em 2014.

 

Na época, logo após a confirmação da renúncia do vice, o então governador, Siqueira Campos, também renunciou, beneficiando o presidente da Assembleia Legislativa (AL/TO), Sandoval Cardoso, que se tornou governador tampão por meio de uma eleição indireta. A manobra política é considerada polêmica. Até então, muito se falou nos bastidores sobre as motivações ocultas por trás dela.

 

Conforme a declaração do empresário na ação do MPF, protocolada recentemente, o pagamento teria sido feito em dinheiro vivo pelo próprio empreiteiro, que apresentou cópias de extratos bancários que comprovariam a movimentação. Atualmente, Oliveira tem residência em Guaraí, onde inclusive vem articulando a possibilidade de se lançar como pré-candidato à prefeito.

 

Além do ex-vice-governador, também são investigados neste processo os ex-governadores Siqueira Campos e Sandoval Cardoso, incluindo ainda o próprio empresário Rossine Guimarães. A defesa de ambos ainda não se manifestou sobre a acusação, lembrando que o espaço nesta reportagem continuará aberto para maiores esclarecimentos dos citados, caso estes julgarem necessário.

 

João Oliveira se manifestou sobre a acusação:

 

Logo após a publicação desta reportagem, João Oliveira entrou em contato com o Guaraí Notícias, afirmando se tratar de uma falsa acusação do delator. “Tomei conhecimento dos fatos apenas pela imprensa, mas não conheço o conteúdo da denúncia do MPF. O que posso afirmar, de antemão, é que estou tranquilo e seguro de que nunca cometi nada ilícito”, declarou o ex-vice-governador.