Cerca de 30 profissionais da rede municipal de educação de Guaraí se reuniram na tarde desta segunda-feira (15/04), com o objetivo de voltar a debater, durante assembleia geral, os rumos da categoria diante do impasse entre a classe e o Poder Executivo local. O encontro, organizada pelo Sindicato do Trabalhadores em Educação do Tocantins (SINTET), aconteceu na Câmara de Vereadores.

 

Há quase dois anos mobilizada, a categoria reivindica o cumprimento da lei do piso salarial, que não estaria sendo respeitada no município, além do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR), instituído no ano de 2016. Os educadores municipais também cobram o pagamento de retroativos da data-base (correção anual de salários), não quitados durante o ano de 2017.

 

Foto: Guaraí Notícias

Em função do baixo número de participantes, assembleia geral acabou sendo frustrada; SINTET deve tentar organizar um novo encontro na próxima semana.

 

A pauta de reivindicações já originou uma série de embates entre as partes envolvidas na discussão e recentemente também virou alvo de ações judiciais movidas tanto pelo SINTET, que representa os educadores, quanto pela Prefeitura de Guaraí. Contradizendo a versão dos educadores, o município alega que cumpre a lei do piso e afirma ainda que não deve retroativos da data-base.

 

Questionada, a presidente regional do SINTET, Iolanda Bastos, que também é educadora da rede municipal, disse que a gestão tem sido irredutível com a pauta, impossibilitando um diálogo aberto e produtivo. “Vamos marcar uma nova assembleia na próxima semana para decidir o que vai ser feito. Seja o que for, a decisão precisa ser tomada em conjunto e pela maioria”, esclarece Iolanda.

 

O tamanho da rede municipal de educação em Guaraí

 

Conforme dados repassados pelo SINTET, existem atualmente 393 servidores que atuam na rede municipal de educação de Guaraí, incluindo 40 estagiários, 46 profissionais administrativos sem concurso e 54 ocupantes de funções de sala de aula (professores e auxiliares), que também não são concursados. A folha de pagamento da pasta é de aproximadamente R$ 821 mil mensais.