Em comunicado enviado a imprensa nesta quarta-feira (14/03), a empresa AOCP, banca responsável pelas três primeiras fases do concurso público da Polícia Militar do Tocantins (PM/TO), informou que não vislumbra a necessidade de anulação do certame, em função dos problemas registrados neste último domingo (11/03), durante a realização das provas objetivas e da redação.

 

Mais de 70 mil candidatos confirmaram participação nesta primeira fase do certame e o caso que mais tem repercutido, gerando inclusive preocupação por parte dos inscritos, envolve o suposto vazamento de fotos do gabarito de uma das provas (prova 3), encontradas dentro de um celular, descartado na lixeira do banheiro de um dos locais de aplicação de prova na cidade de Araguaína-TO.

 

Em entrevista ao Portal G1, o delegado regional de Araguaína, Bruno Boaventura, disse que as respostas não condizem com o gabarito. "O aparelho contém um gabarito que não é o oficial. Fizemos a correção e não fecha as 60 questões. Pode ser uma pessoa que anotou para depois corrigir, porque não podiam sair com os cadernos de prova, tem várias possibilidades", disse.

 

Houve ainda casos de candidatos flagrados com celulares, além de um pacote de provas com indícios de violação. Segundo a AOCP, os casos em questão são isolados e não indicam que houve ilegalidade no exame. A empresa afirma que as denúncias estão sendo apuradas, lembrando que o edital proibia que os cartões saíssem do local de prova ou que celulares fossem usados em sala.

 

No total, o concurso oferece 1.040 vagas, sendo 1.000 para soldados (nível médio) e 40 para oficiais (superior). Os aprovados que passarem pelas fases classificatórias e ingressarem nos cursos de formação, receberão subsídios de R$ 4.499,52 (oficiais) e R$ 2.215,10 (soldados). Entre as várias exigências para ingresso na PM/TO está a idade mínima de 18 anos e máxima de 30 anos.