Dados divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde (SESAU) nesta terça-feira (02/05) mostram que a procura pela segunda dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) no Tocantins tem sido baixa em relação ao esperado. A imunização, realizada em todo o território brasileiro, é considerada fundamental para a prevenção do câncer de colo de útero, sendo direcionada para meninas entre 9 e 14 anos, além de meninos entre 12 e 13 anos.

 

“Percebemos que na primeira dose conseguimos uma boa adesão do público alvo, mas quando avaliamos os dados parciais relacionados à segunda dose, aplicada seis meses depois da primeira, encontramos uma queda considerável. Vale lembrar que esta vacina não é aplicada durante campanhas pontuais, já que ela integra a rotina do calendário vacinal.”, explica a diretora de Vigilância Epidemiológica da SESAU, Adriana Cavalcante.

 

“A baixa procura por parte do público alvo preocupa, pois a vacina contra o HPV é sem dúvidas a medida mais importante para a prevenção e controle da doença. Sabemos que ela apresenta eficácia de 95%, além de ser reconhecidamente segura. Precisamos que a população busque a imunização para que possamos atingir nossos objetivos de imunização”, alerta a gerente de Imunização da SESAU, Rosângela Bezerra.

 

Este é o primeiro ano em que a vacinação também foi direcionada a população masculina, com o objetivo de prevenir os cânceres de pênis, lesões ano-genitais pré-cancerosas e as verrugas genitais. A imunização para meninos é considerada importante, pois os homens são os responsáveis diretos pela transmissão do HPV em mulheres, porém ao receberem a vacina, estes colaboram com a redução da incidência da infeção.

 

Segundo o Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás apenas do câncer de mama e do colo retal. A doença é ainda a quarta causa de morte em mulheres no Brasil, apesar da grande evolução no diagnóstico, especialmente se comparado aos procedimentos efetivados desde a década de 1970, quando os primeiros casos da doença foram notificados.