Alvo operações da Polícia Federal (PF), realizadas nesta quarta-feira (20/10), o governador do Tocantins, Mauro Carlesse (UB) e o secretário de Estadual de Segurança Pública (SSP/TO), Cristiano Sampaio, foram afastados dos cargos por 6 meses, decisão tomada pelo ministro Mauro Luiz Campbell do Superior Tribunal de Justiça (STJ), confirmada pelo pleno da corte de forma unânime.

 

A PF explicou que as duas operações em andamento, que receberam o nome de  “Éris”, deusa da discórdia e “Hygea”, deusa da saúde, ambas relacionadas a mitologia grega, cumprem no total 57 mandados de busca e apreensão e outras 50 medidas cautelares nas cidades de Palmas, Gurupi e Porto Nacional no Tocantins, além de Minaçu e Goiânia em Goiás, Brasília (DF) e São Paulo (SP).

 

Foram efetivadas buscas na casa de Carlesse e na sede do Governo Estadual. As investigações, iniciadas há quase dois anos, apuram pagamentos de propina relacionados ao plano de saúde dos servidores públicos estaduais, além da obstrução de investigações contra corrupção que estavam sendo realizadas no Estado. Mais de 280 policiais federais estão envolvidos nas duas operações.

 

Além da obtenção de novas provas, as operações visam interromper a continuidade das ações criminosas, identificar e recuperar ativos desviados, resguardar a aplicação da lei penal, a segurança de testemunhas e a retomada das instituições públicas. A PF já solicitou o bloqueio judicial de R$ 40 milhões dos envolvidos e estima que o volume de recursos desviados possa ser maior.