Com o objetivo de informar mulheres sobre seus direitos na assistência obstétrica, a Secretaria Estadual da Saúde, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Guaraí, promoveu uma série de orientações direcionadas às gestantes do Hospital Regional de Guaraí (HRG) nesta sexta-feira (07/12).

 

A programação integra uma campanha estadual de conscientização que trata de questões relativas ao parto humanizado e ao combate da violência obstétrica, chamando a atenção da sociedade e principalmente das mães em relação a necessidade de denunciar casos que envolvam este tipo de situação.

 

Foto: Divulgação/HRG

Profissionais conscientizaram atendidas do Hospital Regional de Guaraí (HRG).

 

Conforme dados do Ministério da Saúde, uma em cada 4 mulheres brasileiras já foi vítima de violência na gestação, parto ou período puerpério (primeiros meses após o parto). Na maioria dos casos, as vítimas sofrem com atos variados, incluindo assédio moral, violência física, psicológica e negligência médica.

 

“Queremos chamar a atenção da sociedade e das mães. Casos de violência obstétrica infelizmente ainda são comuns. Em algumas situações o medo faz com que estas mulheres não denunciem. Não podemos aceitar esta prática”, explica Patrícia Delmiro, coordenadora de enfermagem no HRG.

 

O diretor geral do HRG, Claudio Reis de Oliveira, destacou ainda a parceria com a rede municipal na ação, fundamental para a redução dos casos relativos à violência obstétrica. “Estamos interligados com a rede municipal, já que nós realizamos os partos, enquanto a atenção básica cuida do pré-natal”, destaca.

 

Principais tipos de violência obstétrica:

 

- Negar ou impor dificuldades ao atendimento durante o pré-natal;

- Realizar comentários constrangedores;

- Ter a cesárea agendada sem recomendação clínica;

- Separar o bebê saudável da mãe na primeira hora de vida;

- Impedir a presença de um acompanhante durante todo o período de internação;

- Usar métodos farmacológicos sem o consentimento da mãe;

- Exigir jejum ou posição ginecológicas inadequadas;

- Dificultar o aleitamento materno na primeira hora de vida do bebê;

- Desumanizar o atendimento;

- Promover questionamentos desnecessários;

- Realizar procedimentos invasivos sem explicação ou consentimento da mãe.

 

Obs.: As vítimas podem denunciar casos relativos no Disque Violência contra a Mulher, através do número de telefone 180 ou então diretamente no posto de atendimento mais próximo do Ministério Público.