Pouco mais de 883 mil pessoas cometeram suicídio em todo o mundo no ano passado, é o que indicam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os números apontam ainda que a quantidade de pessoas que tiraram a própria vida é maior do que a soma de mortes registradas em guerras, homicídios e desastres naturais, quase 669 mil vítimas.

Segundo a OMS, entre os países onde são registrados mais suicídios, o Brasil aparece em posição de destaque, com mais de 12 mil mortes por ano. Ainda conforme a OMS, o número de casos no mundo vem crescendo de forma exponencial desde a década de 1970, principalmente em função de crises econômicas e da diminuição da oferta de empregos.

Estudos realizados por instituições de pesquisa espalhadas pelo mundo inteiro tentam explicar o fenômeno. Uma das hipóteses apontadas como relevantes neste sentido é de que os seres humanos, ao residirem em centros urbanos populosos, tendem a se tornar pessoas mais estressadas e pressionadas emocionalmente, o que aumenta o risco de se cometer suicídio.

Alia-se a isso o fato das pessoas sentirem-se cada vez mais sozinhas do que em décadas passadas. Nos Estados Unidos, por exemplo, uma pesquisa apontou que 40% dos adultos se consideravam solitários. O porcentual é o dobro do apresentado na década de 1980, onde notadamente os índices de pessoas que atentavam contra a própria vida eram menores.

Procurar ajuda é o melhor caminho

Especialistas indicam que o melhor caminho é procurar ajuda. Profissionais da área psiquiátrica podem fornecer caminhos e alternativas para que as pessoas que possuem tendências suicidas tenham tratamento e acompanhamento. No Brasil isso também pode ser feito sem qualquer custo pela rede pública de saúde, basta procurar um Posto de Saúde mais próximo e se informar.