Uma pesquisa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta segunda-feira (05/03), mostra que apenas 2,1% dos estudantes brasileiros considerados pobres conseguem ter bom desempenho escolar. O estudo analisou resultados de avaliações internacionais na área de educação, feitas com jovens de até 15 anos de idade.

 

Entre os dados utilizados pelo levantamento estão os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), referente ao ano passado. Dos 71 países avaliados, o Brasil ficou na posição número 62, abaixo de outros latinos como Chile, Uruguai e Argentina. Ainda conforme a avaliação da OCDE, a média mundial da pesquisa ficou em 25,2%.

 

A péssima colocação do Brasil está alicerçada no fato dos alunos de baixa renda, em geral, frequentarem as piores escolas. “O Brasil ainda tem um longo caminho para garantir que estudantes tenham acesso igualitário às oportunidades educacionais, independentemente da origem ou do lugar onde vivem”, disse Francesco Avvisati, um dos autores do estudo.

 

Hong Kong tem a maior taxa no ranking, 53,1%. Colonizado por portugueses, assim como o Brasil, o país asiático investiu pesado nas últimas décadas para tentar reduzir as distâncias entre estudantes ricos e pobres. A pesquisa mostra ainda que em países com melhor resultado educacional e menos desigualdade social, como Finlândia e Canadá, o índice é superior a 30%.